RESUMO No Brasil, são poucos os estudos desenvolvidos sobre cultura organizacional em organizações fora do “mainstream”. Este estudo busca compreender a cultura organizacional da escola de equitação de um clube hípico paulista, pela apreensão da instrumentalidade, estética e simbologia que pais, alunos e funcionários atribuem a artefatos. Essas dimensões foram relacionadas às perspectivas de integração, diferenciação e fragmentação de cultura organizacional. Entrevistas com fotografias, observações informais e análise de documentos permitiram compreender uma cultura de contrastes, onde dicotomias combinam-se e se harmonizam, tais como tempo vs. espaço, medo vs. segurança e família estendida vs. discurso igualitário. Espera-se que este trabalho possa contribuir para estudos voltados a organizações esportivas e instituições de cunho social, assim como a pesquisas baseadas em múltiplas perspectivas culturais.
ABSTRACT In Brazil, there are few studies focused on the organizational culture of organizations that are not part of the mainstream. This study aims to understand the organizational culture of an equestrian school in São Paulo, through the apprehension of the instrumentality, aesthetics and symbology that parents, teachers and employees ascribe to artifacts. These dimensions were related to the organizational culture perspectives of integration, differentiation and fragmentation. Photo-elicited interviews, informal observations and document analysis unveiled a culture of contrasts, where dichotomies “mix and match”, such as time vs. space, fear vs. safety, and extended family vs. equalitarian discourse. This article is expected to contribute to studies on sports organizations and socially oriented institutions, as well as to research based on multiple cultural perspectives.
RESUMEN En Brasil, pocos estudios fueron desarrollados sobre cultura organizacional en organizaciones fuera del "mainstream". Este estudio busca comprender la cultura organizacional de la escuela de equitación de un club hípico paulista, por la aprehensión de la instrumentalidad, estética y simbología que padres, alumnos y funcionarios atribuyen a artefactos. Estas dimensiones se relacionaron con las perspectivas de integración, diferenciación y fragmentación de la cultura organizacional. Entrevistas con fotografías, observaciones informales y análisis de documentos permitieron comprender una cultura de contrastes, donde dicotomías se combinan y se armonizan, tales como tiempo vs. espacio, miedo vs. seguridad y familia extendida vs. el discurso igualitario. Se espera que este trabajo pueda contribuir a estudios dirigidos a organizaciones deportivas e instituciones de carácter social, así como a investigaciones basadas en múltiples perspectivas culturales.